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Foto do escritorRosangela souza

Portugal Castelo Porto de mós


Obra arquitetônica


de características singulares, o Castelo de Porto de Mós viveu várias fases,

sendo, na sua génese, uma fortaleza que tinha por principal missão o controlo e a vigilância sobre as principais vias que atravessavam o Maciço Calcário Estremenho, ligando o Médio Tejo e a Alta Estremadura.



O castelo com a planta atual resulta da construção atribuída a D. Sancho I, em 1200, altura em que as incursões muçulmanas em território ocupado pelos cristãos ainda se faziam sentir. Antes desta edificação, deveria haver uma atalaia muçulmana, certamente de menores dimensões e que passou para mãos cristãs presumivelmente em 1147, em virtude do processo de conquista vindo de norte, comandado por D. Afonso Henriques. Respondendo à necessidade de mitos fundacionais, surge-nos D. Fuas Roupinho, personagem que se divide entre o mito e a realidade, mas que os séculos eternizaram como primeiro alcaide da vila nos primeiros anos de ocupação cristã. O reaproveitamento, na construção, de múltiplos monumentos funerários romanos indicia que na vila ou nas suas imediações terá existido um expressivo vicus (aldeia) ou uma Villa que não deixaria de aproveitar as vias que por aqui passavam e a proximidade de Collipo (S. Sebastião do Freixo – Batalha).



Ao longo dos séculos, o castelo acumulou influências militares, góticas e renascentistas. Apresenta planta pentagonal com torreões de reforço nos ângulos e uma quinta torre atualmente pouco percetível no conjunto edificado. Esta quinta torre resultou das obras de beneficiação promovidas por D. Dinis e destinou-se a conferir maior conforto à fortaleza que, com a sua vila, o rei concedeu a Isabel de Aragão, sua esposa. Os dois torreões que compõem a fachada principal são encimados por coruchéus, com acabamento de cerâmica verde, supostamente por relação com a cor de Afonso, IV Conde de Ourém.







Ao longo dos séculos, o castelo acumulou influências militares, góticas e renascentistas. Apresenta planta pentagonal com torreões de reforço nos ângulos e uma quinta torre atualmente pouco percetível no conjunto edificado. Esta quinta torre resultou das obras de beneficiação promovidas por D. Dinis e destinou-se a conferir maior conforto à fortaleza que, com a sua vila, o rei concedeu a Isabel de Aragão, sua esposa. Os dois torreões que compõem a fachada principal são encimados por coruchéus, com acabamento de cerâmica verde, supostamente por relação com a cor de Afonso, IV Conde de Ourém.


Na véspera da Batalha de Aljubarrota, em 1385, o castelo cumpre a sua última “missão militar”. Aqui e na vila se aquartela o exército português. Na sequência da batalha, D. João I doa o condado de Porto de Mós a D. Nuno Alvares Pereira que, anos mais tarde, o lega ao seu neto D. Afonso, IV Conde de Ourém. Este acrescentou-lhe conforto, salubridade e todo um conjunto de pormenores decorativos inspirados num renascimento italiano emergente que conferem à fortaleza o aspeto apalaçado que conhecemos hoje.

O abandono e terramotos como o de 1755 provocaram a ruína do castelo. A classificação de 1910 como Monumento Nacional e as campanhas de reconstrução e restauro de 1936 a 1960 fizeram ressurgir o castelo. Nos anos 90 do século XX, nova intervenção conferiu-lhe melhores condições de acolhimento. Recentemente, o monumento foi dotado de maior acessibilidade.



Hoje, o castelo recebe manifestações culturais, tem programação própria dedicada, com exposições, concertos, teatro e conferências. O serviço educativo permite dar respostas adaptadas aos mais diversos públicos, nos quais se incluem escolas, famílias e grupos com necessidades específicas. Lugar de educação e sensibilização para a cultura e o património, aqui se desenvolvem múltiplas atividades lúdico pedagógicas que constituem um convite a experiências cada vez mais ricas e desafiantes.



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